2009-08-01

Pobrismo

lâmpada Pobre é bonito, pobre é coitado, pobre é vítima, pobre é certo. Rico é tudo ao contrário.

Esta é a imagem aceita atualmente pela sociedade brasileira: todo pobre é bonzinho, todo rico é ladrão. A partir daí, as pessoas rejeitam toda ação que as livre do estado de pobreza, inventando inúmeros impecílios.

Mas ser pobre não é não ter dinheiro, não ter poder de consumo. Reparando bem, muitos «pobres» consomem muito mais do que os ditos «ricos». Então é algo diferente.

Ser pobre é uma atitude cultural, ou melhor, anticultural. Quem demonstra alguma cultura é taxado de rico e automaticamente mau.

Daí toda ação pela Educação é imediatamente refutada pelo senso comum. Exemplos disso são o protesto dos estudantes em Vila Velha ou, mais recentemente, a postura das autoescolas contra o projeto de lei 5.564/2009 de Lobbe Neto (PSDB/SP).

No entanto isso tudo é só efeito, o problema real é ainda mais profundo, fruto da evolução natural da espécie humana: a síndrome de vítima.

Síndrome de vítima


Todo mundo passa por problemas sempre e algumas pessoas acabam se tornando vítimas da situação. As pessoas ao redor se compadecem da vítima.

Por outro lado, algumas pessoas se dão bem e as pessoas ao redor se enchem de inveja.

Quando surge então a oportunidade de melhorar de vida, somos expostos a um dilema: ou abraçamos a oportunidade e a sociedade ao redor passa a nos ver de forma negativa; ou abrimos mão, permanecendo na condição de vítima, e a sociedade ao redor nos vê de forma positiva.

Mas o ser humano é um ser social por força da evolução, então o compadecimento da sociedade é mais tentador do que a oportunidade de melhorar, mais poderoso ainda do que o medo da rejeição pela inveja.

Autossabotagem.

Esse pensamento instintivo e irracional que tende a prejudicar o próprio indivíduo termina por prevalecer em todas as mentes fracas, chegando mesmo a influenciar algumas ações de mentes mais conscientes.

É urgentemente necessário um projeto de psicologia social para esclarecimento da comunidade brasileira – quiçá mundial – quanto a tal tendência humana.

Outras visões sobre este mesmo assunto você encontra nos artigos Ditadura Esquerdista na imprensa brasileira e A fonte da eterna ignorância (cuidado! Os textos são tendenciosos e confusos) do blog Mídia Sem Máscara (sugestão de Lu Barbin).

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Cacilhas, La Batalema