2009-12-29

Ampla pensa que todo brasilieiro é ignorante

A Ampla realmente acredita que todo brasileiro seja ignorante (ou pelo menos todo petropolitano). Avalie a seguinte matéria, certamente paga, na Tribuna de Petrópolis, na sessão Cidade:

Lâmpadas fluorescentes podem provocar apagões

As lâmpadas fluorescentes, ou frias, podem ser a causa dos frequentes problemas que o país vem enfrentando em relação à energia elétrica. De acordo com o pesquisador e engenheiro eletricista Joel Sacilotti, essas lâmpadas sobrecarregam o sistema de energia. «As frequentes panes no sistema e o apagão que deixou quase todo o Brasil sem luz podem se tornar frequentes se essas lâmpadas continuarem sendo usadas», comentou.

Joel explica que estes produtos geram ciclagens múltiplas, gerando frequências maiores e menores. As frequências maiores são prejudiciais ao ser humano e as menores ao sistema elétrico. Ele conta que todo o percurso para transmitir energia elétrica, começando na usina e chegando aos domicílios, é prejudicado com essas ciclagens múltiplas. «As lâmpadas comuns são ativas, elas se enquadram perfeitamente no nosso sistema elétrico. Já as frias são reativas, ou seja, elas reagem ao sistema», explicou.

Entre os problemas que o uso das lâmpadas frias causa ao sistema elétrico está a efeito de ressonância. De acordo com o engenheiro, esse efeito gera picos de tensão na rede, fazendo com que todo o sistema elétrico receba esses picos. «O efeito ressonante circula desnecessariamente pela rede elétrica, aquecendo o fio de cobre, e com isso os curtos em transformadores são mais frequentes, sem falar em escalas maiores, quando os efeitos colaterais chegam nas usinas, causando os apagões», comentou.

Existem hoje cerca de cem milhões de lâmpadas fluorescentes sendo usadas nos lares brasileiros. Elas surgiram há 10 anos, com o objetivo de diminuir o consumo de energia. Para Joel, não há um consumo de energia menor com essas lâmpadas porque elas são usadas de forma errada. O engenheiro explica que para a utilização correta desses produtos é preciso haver condensadores, ou seja, mecanismos que vão reverter os efeitos colaterais que elas geram ao sistema elétrico. Nas indústrias, onde as lâmpadas são mais usadas, os condensadores são instalados, assim como no comércio. «Esses produtos economizam energia se ficarem mais de três horas ligados. Se encaixam bem para indústria e comércio, mas para a população em geral não resolve. Acendendo e apagando a luz toda hora não há economia. Além disso, não há instalação de condensadores para reverter os efeitos colaterais», disse.

Assim como no Brasil, países ricos como Itália e França têm um grande consumo de lâmpadas fluorescentes. De acordo com Joel, houve investimentos no sistema elétrico para que os efeitos colaterais fossem revertidos. «Existem normas para usar as lâmpadas e houve todo um investimento do governo para proteger o sistema elétrico. Aqui no Brasil isso não aconteceu. Foram distribuídas 36 milhões de lâmpadas sem fazer uma pesquisa dos malefícios do uso indiscriminado», informou.
Instalar condensadores nas residências seria uma das soluções para evitar as constantes panes de energia, mas o custo é alto, cerca de R$ 800. Outra medida seria investimentos de proteção ao sistema, mas esta medida depende de vontade política e recursos. Para Joel, conscientizar a população seria um começo. «Tem que haver uma mudança na mentalidade das pessoas. Deixar de usar essas lâmpadas, se informar dos malefícios causados por estes produtos», comentou. – A previsão do engenheiro é pessimista, caso o governo não inicie uma política de investimentos na área. Segundo Joel, dentro de pouco tempo, menos de 10 anos, apagões podem se tornar mais frequentes, até diários.

Malefícios para a saúde

Além dos apagões e panes de energia, as lâmpadas fluorescentes também prejudicam a saúde. Esses produtos contém mercúrio, um metal que causa intoxicação. Quando sua temperatura é aumentada, transforma-se em vapores tóxicos e corrosivos mais densos que o ar. O mercúrio é um produto perigoso quando inalado, ingerido ou em contato, causando irritação na pele, olhos e vias respiratórias. É compatível com o ácido nítrico concentrado, acetileno, amoníaco, cloro e com outros ametais, por isso, quebrar uma lâmpada fluorescente pode causar danos sério à saúde.

As lâmpadas frias não podem ser jogadas em lixo comum, por isso o descarte dessas mercadorias deve ser feito nas lojas onde foram compradas.


Baseado nessa matéria, é certo que a Ampla está lucrando cada vez menos com a adoção de lâmpadas frias e outras tecnologias sustentáveis. É claro que alguns cuidados devem ser tomados como esse tipo de tecnologia, no entanto todo o resto é puro FUD.

Olho aberto com essas empresas inescrupulosas!

[]'s
Cacilhas, La Batalema