2010-06-20

A Revolução Auténtica

lâmpada A geração anterior a minha lutou contra o status quo de sua época e criou uma contracultura magnífica, abominada pelos detentores do sistema.

Em minha geração, talvez por não sermos filhos dessa geração revolucionária e subversiva, quando chegou nossa hora de rebeldia, procuramos essa geração e reforçamos a luta contra o sistema perverso.

No entanto, a mídia, protetora tradicional da perversão, arrumou meios de perverter a revolução nas próximas gerações.

A Revolução Auténtica foi corrompida, teve seus símbolos desconstruídos e substituídos por ícones estereotípicos e vazios que trazem de volta o conformismo que garante o poder do status quo retrógrado.

Um exemplo disso é a banda estereotipada Restart

Um roquezinho fraco e superficial ao estilo Jonas Bostas, desconstrói signos poderosos:

Do Rock’n’roll o sinal de James Dio, que signfica espantar os maus fluidos para atrair os bons, eles usam de uma forma que, na melhor das hipóteses, significa dizer «eu sou um corno».

Da revolução da Web, que tem sua força na criação de redes sociais multilaterais, roubam o nome, que representa uma ação que interrompe a comunicação e um elemento puramente tecnológico e vendável.

E assim as grandes empresas manipulam moleques de pouca competência artística para transformar os signos revolucionários – contra o sistema consumista – em símbolos do consumismo neoliberal desregrado, resgatando os planos anti-humanistas de Victor Lebow.

Restart é apenas um exemplo. Há muitos e muitos outros, distorcendo a revolução, o Rock’n’roll, o jeito nerd de ser (que se degerou em modismo), etc.

#fail


Porém a Revolução Auténtica vai e vem em ciclos cada vez mais poderosos e espero que seja possível revertermos esta realidade pessimista e resgatarmos seu caminho construtivo. Uma ação em prática é a rede UnderOground, para aquecer o circuito underground de Petrópolis/RJ.

[]’s
Cacilhας, La Batalema