2012-05-29

Testemunho


Preciso escrever um testemunho para ver se os médicos se tocam que não são deuses.


Minha esposa se desprendeu da matéria, perdeu sua vida biológica, em boa parte por causa da arrogância dos médicos.

Quando chegou o resultado do risco patológico do INCA, os médicos disseram que ela poderia vir a falecer, mas que eles fariam de tudo para salvar sua vida.

Não foi o que aconteceu.

Meses mais tarde o oncologista assumiu que estava só dando tempo até o óbito, que não faria qualquer tratamento por ela, apenas o paliativo, mas não queria nos perturbar.

Foi então que procurei outro hospital. O novo cirurgião geral me disse que, baseado no risco patológico, não havia nada que a medicina tradicional pudesse fazer por ela, que o óbito era certo. Já o novo oncologista me disse para procurar tratamentos alternativos, pois se a medicina tradicional não poderia fazer nada, havia casos de cura por meio de terapias alternativas.

Procurei e qual não foi minha surpresa quando descobri que realmente existiam. Conheci pessoas que passaram pelo que minha esposa passou, foram tidas como terminais, não respondiam a tratamentos convencionais, mas foram curadas por tratamentos alternativos.

Começamos os tratamentos alternativos, mas infelizmente já era muito tarde, porque perdemos meses confiando em médicos que fingiram estar ajudando. Se os tratamentos alternativos tivessem sido introduzidos mais cedo, haveria uma grande chance de minha esposa ter se curado.

Porém, os médicos se acham os donos da verdade e simplesmente fingem que não existem casos de cura de pessoas desiludidas pela medicina tradicional.

Por quê? Primeiro porque assumem que seu conhecimento é absoluto e onisciente, são deuses que determinam quem vive e quem morre, se eles não têm a resposta, ninguém pode ter. Segundo porque o mercado farmacológico sobrevive de explorar doentes crônicos, incuráveis. A cura – principalmente se a terapia for barata – é prejudicial à saúde dos negócios.

Essa é a verdade.

Então aqui quero apelar para a consciência dos médicos, que se toquem que não sabem tudo. Se tivessem me dito lá trás em dezembro o que o cirurgião me disse em abril, eu já teria procurado as terapias alternativas mais cedo e talvez tivesse preservado a vida biológica de minha esposa.

Sei que as coisas acontecem como precisam acontecer, então talvez eu tenha perdido minha esposa para ser uma dor na consciência dos médicos – pelo menos dos raros médicos que têm consciência.

[]’s
Cacilhας, La Batalema