2015-06-06

Impressões sobre os 10 anos da nova série Doctor Who

Oitavo Doutor Sempre tive curiosidade sobre a série Doctor Who, mas nunca havia parado para assistir seriamente, até 2005, quando a ressuscitaram.

Desde então acompanho a série com expectativa e excitação, como todo bom whovian. Agora, após 10 anos de série, gostaria de expor algumas impressões.

O Nono Doutor

Em 2005, a série foi resgatada com Christopher Eccleston no papel do Nono Doutor.
Nono Doutor

Eccleston fez um Doutor que lembra muito suas sétima e oitava encarnações. Tem algo das anteriores ainda, mas pouco. Muito carismático e cativante.

Cada episódio do Nono Doutor foi mais e mais envolvente, e sua relação com Rose Tyler se constrói organicamente, tornando sua acompanhante (companion no original em inglês) a preferida de muitos fãs.

Décimo Doutor

Mas o contrato de Eccleston previa apenas uma temporada e, por algum motivo que até hoje ele não gosta de comentar, não foi renovado. Então entra em 2006 o Décimo Doutor, vivido por David Tennant (sim, o Barty Crouch Jr. de Harry Potter).
Décimo Doutor

O Décimo Doutor foi mais audaz e impetuoso que o anterior, também foi mais bem construído, trazendo referências em sua personalidade a cada um de seus nove antecessores.

Também foi o mais sofrido e amargurado. Na minha humilde opinião, o melhor. Sua derradeira frase sai com dificuldade e dói no coração de cada whovian: “I don’t wanna go!

Décimo Primeiro Doutor

Matt Smith, ex jogador de futebol, assume a encarnação seguinte do Doutor, porém começa fraco e quase um personagem secundário nas histórias de Amy Pond.
Décimo Primeiro Doutor

É isso: por alguns anos vemos o fim das aventuras de Doctor Who e, em seu lugar, a história de Amy Pond, ficando o Doutor em segundo plano. O Décimo Primeiro Doutor é apenas uma sombra do que um dia havia sido, representado por um ator perdido e excessivamente infantil.

A melhor coisa que aconteceu para a série foi, próximo ao final, terem tirado Amy Pond e introduzido Clara Oswald, The Impossible Girl. Então as coisas começam a ficar interessantes…

Com Jenna Coleman, atriz que interpreta Clara, Matt tem química e o Doutor começa a crescer, ao ponto de, ao final de sua atuação, ele ter quase superado seus antecessores, de dar tristeza quando ele sai do papel. Sentiremos falta de Matt Smith, do ótimo Doutor que ele se tornou! Vemos muito do Primeiro e do Segundo Doutor no Doutor de Matt Smith que evoluiu no final.

O Doutor Guerreiro

Então, no filme The Day of the Doctor introduzem o magnífico ator John Hurt no papel do Doutor Guerreiro (The War Doctor no original), uma encarnação intermediária entre o Oitavo e o Nono Doutor.
Doutor Guerreiro

Na verdade John Hurt já é apresentado nesse papel em dois episódios anteriores, The Name of the Doctor e The Night of the Doctor.

O Doutor Guerreiro é um homem assombrado por seus crimes de guerra e pelo que ele pretende fazer (spoilers, sweetie). Em sua personalidade, ele é e não é o Doutor ao mesmo tempo – e John Hurt representa isso de modo espetacular.

Décimo Segundo Doutor

Até agora a última encarnação do Doutor entra no final de 2013, na pele de Peter Capaldi.
Décimo Segundo Doutor

O Décimo Segundo Doutor lembra muito o Terceiro Doutor, tanto em sua personalidade quanto em seu jeito de vestir, no entanto é preciso admitir que Capaldi entrou com o pé esquerdo no papel: faz um Doutor antipático, desagradável e confuso e não tem a menor química com Jenna Coleman, o que torna os episódios ruins.

No entanto ele demonstra alguns vislumbres de um Doutor bem representado aqui e ali, o que vai melhorando ao longo de sua primeira temporada, que termina até bem. Ainda não assisti a segunda temporada do Décimo Segundo Doutor, mas se Capaldi continuar entrando no personagem como vem gradativamente fazendo, promete ser muito melhor que a anterior.

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Bem, essas são minhas impressões enquanto fã de Doctor Who, a série de ficção científica mais antiga em exibição.
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